As danças entraram na vida em 2003, pela vida no CTG, e foi passando por danças folclóricas e danças de salão e convivendo com bailarinos contemporâneos que eu me entendi artista.
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As letras e as palavras entraram em minha vida de modo mais popular e tradicional. Nas rodas de fogo, nas noites de adolescência da chácara no interior da Bossoroca, nas músicas missioneiras e nas payadas de Jayme Caetano Braum, que passaram a fazer parte da família. Daí surgiu o respeito por esta arte missioneira. Do respeito, surgiu a vontade de criar meus próprios versos.
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A partir de 2009, a passagem pela academia, na Faculdade de Arquitetura, molda não só uma vontade de poetizar o espaço, mas também uma vontade de defendê-lo. Entra também o planeta, e a consciência de que aquela chácara poderia (e pode) deixar de existir, pelas mãos do ecocídio humano.
Nesse caldo, misturou-se tudo: ecologia, regionalismos e missioneirismos, ideias de evolução espiritual, trabalhos voluntários, política estudantil e por fim, a ciência.
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Nada do que eu produzo é independente. Tudo acaba entrelaçado e submisso aos pensamentos vizinhos.
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O que ocupa minha escrita, para além das pesquisas de mestrado, são pesquisas que possam dar suporte à publicações na área da cultura e patrimônio, principalmente em parceria com o TCHE UFRGS, mas também em pesquisas independentes.
Na produção literária, resido nas poesias e payadas. Romances ainda são sonhos sendo sonhados, projetos em arquivos iniciados, esperando pelo dia em que a boiada de versos estoura a mente.